sexta, 29 de março de 2024
Criptomoedas

Morte do bitcoin? Analista comenta queda das criptos, mas prevê vida longa e próspera para o BTC

Felipe Rocha, fundador da Cripto Explosiva, diz que desempenho das criptos reflete cenário macroeconômico e que ciclo de alta vai chegar

11 maio 2022 - 18h43Por Redação Spacemoney

No final da tarde desta quarta-feira (11), o bitcoin era negociado a US$ 28.849,07, acumulando uma queda de 27,54% nos últimos sete dias.

A principal criptomoeda do mundo opera bem distante da sua marca histórica de US$ 69 mil, registrada em novembro do ano passado, e arrasta outras moedas digitais para um momento difícil, que faz com que muitos se perguntem se o fim das criptomoedas chegou.

Felipe Rocha, fundador da Cripto Explosiva, comunidade paga para investidores hospedada na Hubla, é enfático ao dizer que não. Segundo ele, o desempenho das criptos reflete um cenário macroeconômico que atinge mercados como um todo.

“Todos os mercados estão sofrendo oscilações muito fortes desde o final do ano passado e a gente está tendendo realmente em uma crise macroeconômica, porque durante o período da pandemia, muitos bancos centrais, inclusive o nosso brasileiro e o Federal Reserve, que é o banco central norte-americano, imprimiu muito dinheiro”, diz.

E essa impressão fiduciária para injetar liquidez, explica Rocha, incentivou um cenário de inflação muito alta que, agora, exige taxas de juros altas como remédio.

“Por exemplo, os Estados Unidos não sofrem com a inflação tão alta desde a década de 80 e estão tendo que subir juros para conter a inflação de uma forma que, desde a crise de 2008, não era necessário. Então, o bitcoin tem volatilidade? Tem. Mas porque o mercado cripto está atrelado aos mercados acionários, aos mercados globais”, opina.

Rocha lembra que o bitcoin registrou uma queda de quase 60% desde sua alta histórica. Mas companhias como Facebook e Netflix também chegaram a registrar quedas em seus papéis que giraram em torno de 40% e 60%.

“Quando a gente olha aqui para as piores baixas do mercado brasileiro, a gente tem a Tenda, que desvalorizou 83%, BIDI11 e o BIDI3, que são ações do Banco Inter, que desvalorizaram 73% no ano passado. Então, essas quedas, essas oscilações, estão acontecendo por conta do cenário macroeconômico”, afirma.

Bitcoin a US$ 200 mil

E esse cenário pode indicar a morte do bitcoin? Rocha acredita no contrário e encara o bitcoin como um ativo de extremo valor.

“Acredito que esse momento de baixa vai passar e, logo depois disso, como em qualquer ciclo de mercado, a gente tem ciclos de alta. É muito provável que o próximo (ciclo de alta) ocorra entre 2024 e 2025. E é possível que a gente veja o bitcoin performando acima dos US$ 200.000. Para um ativo que hoje está batendo nos US$ 30.000 daqui a 3,4 anos ter o potencial de estar valendo mais de 200.000… a gente não consegue ter essa perspectiva sobre os mercados acionários, sobre os mercados tradicionais”, reflete.

E essa perspectiva positiva de Rocha está atrelada à ideia de que o bitcoin é fundamental para o que ele chama de economia do futuro que, cada vez mais, gira em torno do mundo digital.

“O mundo das criptomoedas, que hoje está movimentando cerca de US$ 1,4 trilhão, dentro de 3, 4 anos, pode estar movimentando mais de US$ 5, 6 trilhões.