quinta, 28 de março de 2024
Desempenho

Mercado Livre (MELI34) deve crescer mais do que outras varejistas no 1T22, diz Goldman Sachs

A expectativa é que o Mercado Livre divulgue o seu balanço do 1T22 na semana do dia 1º de maio

26 abril 2022 - 14h44Por Investing.com
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Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com - O Mercado Livre (MELI34) deve apresentar um resultado positivo no balanço do primeiro trimestre de 2022, segundo o Goldman Sachs (NYSE:GS) (SA:GSGI34), acompanhando a tendência de alta do trimestre anterior e superando as vendas da concorrência no Brasil.

Para o banco, a empresa deve se beneficiar do crescimento do e-commerce mesmo após a reabertura da economia, mas o desempenho da sua fintech ainda deve ser visto com cautela.

A expectativa é que o Mercado Livre divulgue o seu balanço do 1T22 na semana do dia 1º de maio. 

O Goldman Sachs estima no 1T22 que o GMV cresça 22% na comparação anual e que o TPV fora da plataforma suba 101%, ambos os valores em Real. A expectativa é que a receita total avance 45% e a margem de lucro operacional ganhe 5,2%.

A previsão de crescimento do Goldman Sachs sobre o Mercado Livre é mais otimista que os números esperados no trimestre para outras varejistas brasileiras. A alta do GMV esperada para a Magazine Luiza (SA:MGLU3) é de 15%, para a Via é de 7% e para a Americanas é de 20%.

As ações do Mercado Livre subiram 12% desde a divulgação do seu balanço do 4T21 em fevereiro. Segundo o Goldman Sachs, isso aconteceu porque os números aliviaram uma série de preocupações dos investidores, especialmente em relação à qualidade de crédito subjacente, crescimento da carteira de empréstimos e spreads de fintech.

Para o 1T22, o Goldman Sachs espera um bom resultado que sustente a sua recomendação de compra das ações da varejistas. A expectativa é que o comércio eletrônico continue apresentando um sólido impulso de crescimento mesmo em um contexto pós-pandemia.

Assim, haveria um estímulo na alavancagem operacional em ganhos de escala do Mercado Livre e também maiores ganhos de eficiência, o que possibilitaria que a empresa continuasse a investir na construção da sua rede de logística.

Sobre a fintech, o Goldman Sachs aponta que a qualidade do crédito deve continuar no radar dos investidores, mas que possivelmente haverá um menor impacto das taxas. Também devem entrar no radar  as oportunidades de monetização de anúncios e atendimento, a evolução do custo de envio, a implantação do cartão de crédito e as mudanças estruturais do Pix.