Nesta quinta-feira (7), o BTG Pactual rebaixou a recomendação de compra da Light (LIGT3) para Neutro e cortou o preço-alvo de R$ 17 para R$ 12.
A revisão aconteceu após a incorporação dos resultados da última revisão tarifária da empresa. Apesar de uma melhora significativa nas perdas de energia, essa não foi exatamente a solução de curto prazo que o Banco esperava.
"Desde que a nova diretoria da Light assumiu, os investidores aguardavam ansiosamente aquele ponto de
inflexão em que a empresa começaria a apresentar melhorias nas perdas de energia. No entanto, mais de um
ano se passou e não houve nenhum progresso significativo nessa frente", pontuam os analistas João Pimentel, Gisele Gushiken e Luis Mollo, que assinam o relatório.
Enquanto a meta de perda não técnica foi de 36% em 2021, a companhia aumentou quase 480bps para 40,9% em 2022 (vs. perdas reais de 57,4%). Só isso melhorou o Ebitda da Light em quase R$ 300 milhões. Enquanto as ineficiências totais atingiram quase R$ 1 bilhão em 2021, agora vemos um número mais próximo de R$ 600 milhões para este ano. "Isto é melhor? De fato, é. Mas isso deixa a Light em uma situação confortável? De jeito nenhum", dizem os analistas.
"Vemos um cenário desafiador para a Light, pois ainda esperamos que seu braço de distribuição tenha um desempenho significativamente inferior ao Ebitda regulatório e também em um ambiente macro muito mais difícil. Embora reconheçamos a experiência da atual equipe de gestão na operação de concessões complexas, não esperamos ver melhorias materiais no curto prazo", pontua o relatório.
Por volta de 12h39, as ações da Ligth caiam 2,09%, a R$ 9,84.