A Hidrovias do Brasil (HBSA3) (“Companhia”) afirmou em comunicado, na última segunda-feira (4), que o contrato de transporte fluvial de sua contratada Girocantex e a Mineração Corumbaense Reunida, subsidiária da Vale (VALE3), continua em vigor.
Conforme a companhia, o prazo do contrato encerra-se em março de 2039, com a operação e prestação de serviços sendo realizada normalmente.
"O contrato é celebrado na modalidade take or pay e tem como objeto a prestação de serviços de transporte de 3,2 mil toneladas de minério de ferro por ano na Hidrovia Paraguai-Paraná", disse a Hidrovias do Brasil.
O comunicado foi emitido após a Vale, na sexta-feira, divulgar por meio de fato relevante que pretende se desfazer de seu sistema de mineração do Centro-Oeste.
Ontem (6), a companhia informou que assinou contrato vinculante de venda, para a J&F, dona da JBS (JBSS3), da totalidade das ações da Mineração Corumbaense Reunida, Mineração Mato Grosso, International Iron Company e Transbarge Navegación Sociedad Anónima, que detêm ativos de Minério de Ferro, Minério de Manganês e Logística no Sistema Centro-Oeste, incluindo a assunção integral pelo comprador de contratos logísticos de take-or-pay, sujeita à anuência das contrapartes aplicáveis.
Sobre o impacto do desinvestimento na mina de Corumbá, o BTG Pactual vê impacto neutro na HBSA3. O banco lembra que a frota de rebocadores e barcaças da HBSA para transporte de minério de ferro ao longo do sistema fluvial do Paraguai foi feita sob medida para a Vale.
"Acreditamos que o novo operador provavelmente precisará usar o complexo logístico da HBSA. Ainda precisamos avaliar a qualidade do novo operador, mas é provável que se concentre mais no aumento da produção na mina de Corumbá, já que o ativo era altamente não essencial para a Vale. Em suma, continuamos compradores da HBSA".
O BTG tem preço-alvo de R$ 8. Nesta quinta, por volta das 11h20, as ações da Hidrovias do Brasil caiam 1,77%, cotadas a R$ 3,31. No mês, os papéis avançaram 20,8%.