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Copom eleva Selic a 10,75%, Meta Platforms pode perder mais de US$ 200 milhões após queda do número de usuários e prever problemas de configuração de privacidade da Apple, pedidos de seguro-desemprego nos EUA e mais

03 fevereiro 2022 - 09h22Por Investing.com

Por Geoffrey Smith e Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com - O Copom decidiu elevar a taxa Selic em 1,5 ponto percentual, como o esperado.

A Meta Platforms, proprietária do Facebook (NASDAQ:FB) (SA:FBOK34), deve perder mais de US$ 200 bilhões em capitalização quando o mercado abrir mais tarde, depois de relatar uma queda no número de usuários e prever mais problemas da configuração de privacidade da Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34).

Os dados de pedidos de seguro-desemprego serão publicados, um dia após uma queda chocante no emprego privado em janeiro.

O Banco da Inglaterra aumentou sua taxa básica pela segunda reunião consecutiva, mas o Banco Central Europeu deve permanecer estritamente no modo de conversa e dizer que passa por uma inflação transitória.

Aqui está o que você precisa saber nos mercados financeiros na quinta-feira, 3 de fevereiro:

1. Selic sobe como esperado

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa Selic em 1,5 ponto percentual, e os juros passaram de 9,25% para 10,75% ao ano.

O aumento tem como justificativa a inflação resistente no país.

Essa foi a primeira vez que a Selic alcança os dois dígitos desde julho de 2017, quando estava em 10,25%.

Em comunicado emitido, o Copom afirmou que a Selic deve caminhar “significativamente em território contracionista”, ou seja, que tem como objetivo esfriar a economia.

A tendência para a próxima reunião será de mais uma alta nos juros, mas em um ritmo menor, sem explicar se há ou não a possibilidade da taxa ultrapassar os 12%.

Segundo o Boletim Focus desta semana, as expectativas são de que a Selic encerre 2022 a 11,75%.

O Comitê também alega que a alta na Selic vai levar algum tempo para ser sentida na inflação, mas que ela foi compatível com as metas de 2022 e 2023.

O colegiado ainda afirmou que “a incerteza em relação ao arcabouço fiscal segue mantendo elevado o risco de desancoragem das expectativas de inflação”, mesmo que as contas públicas tenham apresentado um desempenho positivo.

2. Mega liquidação da Meta

A Meta Platforms, proprietária do Facebook, deve perder quase US$ 200 bilhões em valor de mercado quando abrir mais tarde, depois de relatar sua primeira queda no número de usuários ativos diários e um conjunto mais amplo de números trimestrais que representaram vários tipos de problemas para a empresa.

A empresa conseguiu outro ganho de receita graças a taxas de anúncios mais altas, mas o aperto das novas leis de privacidade da Apple deve piorar este ano, e custar US$ 10 bilhões em receita, segundo o CEO Mark Zuckerberg.

O lucro, por sua vez, caiu devido ao investimento cada vez mais pesado em jogadas de longo prazo relacionadas ao chamado Metaverso.

Isso faz com que o dono do Facebook seja o segundo do antes intocável clube FAANG a sofrer uma queda após o relatório do quarto trimestre - Netflix (NASDAQ:NFLX) foi o primeiro.

Os números aumentarão a importância dos resultados da Amazon (NASDAQ:AMZN) para o sentimento do mercado.

A gigante do comércio eletrônico relata após o fechamento.

3. Reclamações de seguro-desemprego e custos trabalhistas unitários

Após a queda chocante nas contratações privadas em janeiro relatada pela ADP, há um tempero adicional aos números de pedidos de auxílio-desemprego desta semana às 10h30, que mostrará com que rapidez e até que ponto o mercado de trabalho supera a fase suave causada pela variante Ômicron.

O índice de não manufatura do Institute of Supply Management para janeiro também lançará algumas pistas nesse sentido, já que os serviços foram desproporcionalmente atingidos pelo coronavírus.

Analistas esperam que os pedidos iniciais tenham caído de 260.000 para 245.000 na semana anterior.

Também serão divulgados posteriormente os dados sobre os custos trabalhistas unitários dos EUA para o quarto trimestre, que fornecerão novo combustível para o debate sobre a inflação.

4. Mercado de ações americanas

Os mercados de ações dos EUA devem abrir em baixa novamente depois que os resultados chocantes do Meta provocaram temores de que mesmo os geradores de caixa mais confiáveis dos últimos anos não estejam imunes a reajustes abruptos.

O proprietário do Facebook estava em boa companhia na quarta-feira (2), já que o PayPal (NASDAQ:PYPL) também perdeu um quarto de seu valor em resposta aos seus resultados mais fracos.

Às 08h58, os futuros da Nasdaq 100 caíam 2,17%, enquanto os da Dow Jones e da S&P 500 recuavam 0,38% e 1,15%, respectivamente.

Os balanços de quarta-feira não foram uniformemente negativos - a T-Mobile superou as expectativas e deve abrir em alta.

As ações da McKesson (NYSE:MCK) também devem avançar de forma histórica depois de superar as expectativas.

As empresas que givulgam seus resultados na quinta-feira incluem as gigantes farmacêuticas Eli Lilly (NYSE:LLY), Biogen (NASDAQ:BIIB) e Merck (NYSE:MRK), juntamente com Honeywell (NASDAQ:HON), Cigna (NYSE:CI) e Becton Dickinson (NYSE:BDX). Juntando-se à Amazon mais tarde, estarão Estee Lauder (NYSE:EL), Ford Motor (NYSE:F) e Activision Blizzard (NASDAQ:ATVI).

5. Reuniões do BCE e BoE

O Banco da Inglaterra aumentou a sua taxa de juros de 0,25% para 0,5%, em uma decisão unânime. Essa foi a primeira elevação desde antes da Grande Crise Financeira que o BoE decidiu elevar os juros em reuniões consecutivas.

Isso ocorre no mesmo dia em que o regulador dos mercados de energia do país, Ofgem, anunciou que elevaria o limite de algumas contas de energia em 54% a partir de abril, uma medida que deve afetar bastante a renda disponível, especialmente entre os de baixa renda.

Enquanto isso, em Frankfurt, o Banco Central Europeu manterá suas taxas de juros inalteradas, apesar de um choque de inflação para 5,1% em janeiro, que sugeriram que os preços permanecerão mais altos por mais tempo do que o banco antecipou.

Isso significa que a variável-chave será qualquer mudança na orientação sobre o ritmo em que reduz suas compras de ativos após o término programado do programa de Emergência Pandêmica em março.

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