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Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta segunda-feira (23)

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros hoje

23 agosto 2021 - 09h22Por Investing.com

Por Geoffrey Smith e Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com - Jerome Powell ganhou um importante aliado em sua campanha para ser reconduzido à presidência do Federal Reserve (Fed) para um segundo mandato.

O presidente Joe Biden enfrenta problemas ao tentar colocar alguma ordem na caótica retirada do Afeganistão.

No Brasil, o risco fiscal e político impactam os investimentos no país.

As ações das empresas de app de compartilhamento, conhecidas como gig economy, estão sofrendo depois que um tribunal da Califórnia anulou a isenção de tratar contratantes independentes da mesma forma que funcionários.

A economia europeia esfriou fortemente em agosto.

Enquanto isso, o petróleo está se recuperando depois que a China disse que não havia transmissão comunitária do Covid-19 pela primeira vez desde julho.

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na segunda-feira, 23 de agosto:

1. Apoio de Yellen ao segundo mandato de Powell no Fed; economia europeia esfria
As chances de Jerome Powell de ser nomeado para um segundo mandato como presidente do Federal Reserve parecem ter aumentado drasticamente.

Uma reportagem da Bloomberg no fim de semana disse que a secretária do Tesouro, Janet Yellen - ela mesma uma veterana do banco central - disse aos conselheiros da Casa Branca que ela apoia um segundo mandato para Powell, que tem sido um valioso aliado em acalmar os temores de inflação à medida que o novo governo expôs seus vastos planos de gastos.

O vazamento pode dar a Powell mais confiança para sinalizar o início da eliminação gradual das compras de títulos no simpósio do Fed em Jackson Hole no final desta semana.

No entanto, comentários na sexta-feira do chefe do Fed de Dallas Robert Kaplan, que disse que o Fed precisa ser flexível no estímulo enquanto os riscos de pandemia ficarem fora de controle novamente, reduziram ligeiramente as chances de um início imediato de redução gradual, disseram analistas.

Já a economia da zona do euro enfraqueceu mais do que o esperado, mas continuou a se expandir em um ritmo rápido em agosto, a julgar pelos índices do gerente de compras divulgados pela IHS Markit.

O PMI composto da zona do euro preliminar caiu para 59,5 de um máximo histórico de 60,2 em agosto, com a última onda de Covid-19 ainda não o suficiente para influenciar a atividade de negócios ou consumidor.

2. Riscos locais e externos impactam investimentos no Brasil
Os riscos fiscais e políticos do país, junto com um cenário global mais cauteloso, criam um panorama adverso para investimentos locais, já que os investidores optam por mais segurança, com a inflação e o dólar elevados e um Ibovespa mais baixo, apesar dos bons fundamentos das empresas.

Cálculos do economista Livio Ribeiro, do Ibre/FGV, indicam que, com base nos fundamentos econômicos do Brasil, em especial, as contas externas equilibradas, a moeda norte-americana poderia valer R$ 4,20, quase 30% a menos que a faixa dos R$ 5,30/R$ 5,40 atual, segundo a Folha de S. Paulo.

Porém, a instabilidade local faz com que empresas exportadoras escolham manter o dólar no exterior, assim como motiva a saída de investidores estrangeiros, que nos últimos 12 meses retiraram quase US$ 70 bilhões do país.

O dólar mais alto afeta diretamente no aumento da inflação, via a importação de produtos e as commodities cotadas em dólar, como petróleo, trigo e proteína animal.

Os preços mais elevados obrigam o Banco Central a subir os juros, encarecendo a dívida nacional, e, para atrair investidores dispostos a financiá-la, é preciso encarecer ainda mais a taxa dos juros, criando um ciclo vicioso.

3. Biden convoca as companhias aéreas, enquanto os aliados pressionam por um prazo estendido para a evacuação do Afeganistão
O Taleban teria recusado sugestões de que o prazo para a retirada das forças dos EUA e sua equipe de apoio do Afeganistão pudesse ser estendido.

O presidente dos EUA, Joe Biden, está sob forte pressão para fazer mais após as cenas caóticas que acompanharam o colapso do governo afegão e o retorno dos militantes islâmicos ao poder na semana passada.

No fim de semana, ele convocou 18 aviões de seis companhias aéreas civis para ajudar a transportar civis para a segurança.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson - também alvo de muitas críticas na semana passada - pedirá a Biden que prorrogue o prazo em uma cúpula do G7 na terça-feira, a fim de evacuar o maior número possível de afegãos que enfrentam retaliação do Taleban após trabalharem para apoiar forças ocidentais durante os últimos 20 anos.

Porta-vozes do Taleban disseram à Reuters na segunda-feira que não haviam recebido nenhum pedido formal de prorrogação.

4. Ações devem abrir em alta
Os mercados de ações dos EUA devem abrir em alta mais tarde, com uma medida do apetite ao risco retornando ao redor do mundo depois que a China não relatou nenhum novo caso de Covid-19 no país pela primeira vez desde julho.

Às 8h11, Dow Jones futuros, S&P 500 futuros e Nasdaq 100 futuros estavam subindo respectivamente 0,42%, 0,32% e 0,27%.

O EWZ, fundo de índice que mede o desempenho das principais ações brasileiras em Nova York, avançava 0,4%.

As ações que provavelmente estarão em foco mais tarde incluem especialistas em apps de compartilhamento como Uber (NYSE:UBER) (SA:U1BE34), Lyft (NASDAQ:LYFT), e DoorDash (NYSE:DASH), depois que a Suprema Corte da Califórnia decidiu na sexta-feira que a medida que os isenta da obrigação de tratar os motoristas como funcionários é inconstitucional.

5. O petróleo se recupera com as melhores notícias da China
Os preços do petróleo bruto se recuperaram depois de perder cerca de 8% na semana passada devido a preocupações com a Covid-19 e seu impacto no equilíbrio entre oferta e demanda.

As perspectivas melhoraram no fim de semana, depois que a China disse que não havia transmissão comunitária do Covid-19 pela primeira vez desde o mês passado.

Por volta das 08h16, os contratos futuros do petróleo WTI avançavam 2,82%, a US$ 63,91 o barril, enquanto o petróleo Brent tinha ganhos de 2,97%, a US$ 66,66 o barril.

A alta segue um relatório na sexta-feira que posições especulativas líquidas em futuros de petróleo, que apresentou queda no nível mais baixo em nove meses na semana passada.

No fim de semana, o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennet, disse que pressionará Joe Biden em uma reunião na quinta-feira para descartar os planos de negociações sobre o levantamento das sanções contra o Irã por sua retomada do refino de urânio de alta qualidade, o que o deixa cada vez mais perto de ser capaz para fazer armas nucleares.