sábado, 20 de abril de 2024
Um ano e meio depois

Em depoimento, Bolsonaro nega ter buscado informações sigilosas após troca de diretor-geral da PF

O inquérito foi instaurado em abril de 2020, após a demissão do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que acusa o presidente de tentativa de interferência política

04 novembro 2021 - 14h00Por Redação SpaceMoney

Na noite de quarta-feira (3), a Polícia Federal (PF) tomou o depoimento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no âmbito do inquérito que apura sua suposta tentativa de interferência política na corporação em favor de familiares e aliados que são alvos de investigações.

À PF, o presidente negou que tenha buscado influência e acesso a informações sigilosas após ter determinado a troca do diretor-geral, Maurício Valeixo, no ano passado. Bolsonaro alegou que sua decisão foi por "falta de interlocução".

O inquérito foi instaurado em abril de 2020, após a demissão do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro

Moro acusou o presidente de tentar interferir no comando da corporação. Para o lugar de Valeixo, Bolsonaro pretendia nomear Alexandre Ramagem, diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Entretanto, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre Moraes, publicou decisão que suspendia a indicação.

Em depoimento, Bolsonaro disse que Moro havia concordado com a mudança. “desde que ocorresse após a indicação do ex-Ministro da Justiça à vaga no Supremo Tribunal Federal“.

Desde abril de 2021, Paulo Maiurino comanda a Polícia Federal. Ele entrou no lugar de Rolando de Souza, que havia sido escolhido por Alexandre Ramagem, diretor-geral da Abin.

Veja o depoimento na íntegra.