Nesta segunda-feira (19), o BTG Pactual (BPAC11) publicou um relatório em que recomenda a compra de ações da JSL (JSLG3) no preço-alvo de R$ 13,00. O material repercute a recusa da Tegma (TGMA3) em aceitar a proposta de fusão com a companhia na última sexta-feira (16).
Os diretores da Tegma decidiram rejeitar a proposta de fusão da JSL com base na opinião de consultores financeiros independentes, que concluíram que os termos da proposta não refletiam adequadamente o valor da Tegma.
De acordo com os cálculos do BTG, a proposta avaliava a Tegma por um valor patrimonial de R$ 1,8 bilhão.
Segundo o BTG, o negócio seria positivo para as duas companhias.
"O negócio seria estrategicamente acretivo para ambas as empresas: por um lado, acrescentaria um balanço de caixa líquido, forte geração de caixa e retornos acima da média da indústria para a JSL; enquanto por outro lado, daria à Tegma acesso à plataforma de logística mais diversa no continente, além de aliar-se ao maior player automotivo do país, o que lhe permitiria fortalecer sua posição em um setor em que a variação é muito rara", dizem os analistas.
Apesar do revés, a JSL afirmou que manterá seu programa de crescimento inorgânico e buscará oportunidades em outros segmentos.
"Para nós, apesar de não ter obtido sucesso, a proposta de fusão com a Tegma apenas reforçou o quão desvalorizado a JSL está, já que o mercado não tem precificado totalmente nas aquisições já entregues. Continuamos fortes compradores da JSL", finaliza o BTG.