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MacroeconomiaCOLUNA

Macroeconomia

Eduardo Yuki

Eduardo Yuki, economista-chefe da Panamby Capital.

Descolado da economia global, Brasil deve ter 3% de crescimento do PIB neste ano

A esperança por um processo de vacinação mais ordenado nos leva a acreditar em uma recuperação no segundo semestre

08 fevereiro 2021 - 16h55
Descolado da economia global, Brasil deve ter 3% de crescimento do PIB neste ano

O Brasil é um país muito dependente da sua demanda doméstica. Nossa abertura comercial ainda é pequena, apenas 31% do PIB, abaixo da média mundial em torno de 56% do PIB.

Isso permite alguns descolamentos da nossa atividade em relação ao desempenho mundial. Conseguimos reduzir possíveis efeitos negativos quando ocorre uma crise global através de estímulos à demanda doméstica. Por outro lado, quando o consumo local é prejudicado por fatores domésticos, o setor exportador não consegue manter um bom dinamismo da economia.

No ano passado, conseguimos reagir rapidamente no auge da crise com estímulos extraordinários e aumento do endividamento público e privado. Dívidas precisam ser honradas e, consequentemente, existe um limite que garante a solvência de uma pessoa, empresa e país. 

Nos próximos meses teremos o impacto de cinco fatores que pesarão sobre a atividade econômica, a saber:

1. Aperto fiscal: a dívida pública bruta passou de 74% do PIB, em 2019, para 89% do PIB, em 2020. Respeitando o teto de gastos, a dívida ultrapassará 100% do PIB no final dessa década. Assim, o governo não possui capacidade financeira para estender o auxílio emergencial, o que prejudicará o poder de compra das famílias; 

2. Endividamento das famílias: a forte expansão do crédito no segundo semestre do ano passado aumentou sensivelmente o endividamento das famílias. O comprometimento de renda com serviço de dívida voltou para 22%, o maior patamar desde setembro de 2015. Isso deve limitar o ritmo de concessão de crédito neste ano; 

3. Aumento da taxa de juros: o BCB sinalizou que pretende iniciar um ciclo de aumento da taxa de juros em breve. Aumento da taxa Selic tende a elevar o custo de captação dos bancos e, consequentemente, prejudicar o ciclo de crédito; 

4. Choque de alimentação: o forte aumento dos preços de alimentos nos últimos meses reduz o poder de compra das famílias. Para evitar uma redução significativa do padrão de consumo de alimentos, as pessoas deixam de consumir outros bens e serviços;

5. Vacinação: nosso processo de vacinação está cercado de muita incerteza e apenas 1% da população recebeu a primeira dose. Essa lentidão prejudica a redução sustentada do isolamento social e o desempenho da atividade econômica.

A esperança por um processo de vacinação mais ordenado nos leva a acreditar em uma recuperação no segundo semestre. A verificar. 

Dessa forma, reduzimos nossa projeção de crescimento do PIB real para 3,0% neste ano, já incluindo aumento forte das exportações e acúmulo de estoques.

Desemprego em alta

A taxa de desemprego permanecerá muito alta ao longo deste ano. A população ocupada estava em torno de 94 milhões antes da crise e, após uma pequena recuperação nos últimos meses, voltou para 85 milhões em novembro. Isso significa que 9 milhões de pessoas que perderam emprego na crise ainda não conseguiram recolocação profissional. Lembrando que antes da crise já havia 12 milhões de desempregados, estamos falando de 21 milhões de pessoas sem ocupação, uma tragédia social. 

Essa elevada ociosidade no mercado de trabalho evitará pressão salarial relevante e ajudará a manter a inflação de serviços em torno de 3,0% nesse ano. Dessa forma, reiteramos nossa projeção de IPCA em 3,5% em 2021 e 2022. 

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou que o Banco Central do Brasil pretende iniciar o ciclo de normalização da taxa de juros na sua próxima reunião, em março. 

Diante do ambiente de retração da atividade, elevada ociosidade do mercado de trabalho e projeções de inflação no centro da meta, acreditamos que o ritmo de aumento será gradual e a taxa Selic passará de 2,00% para 2,25% no próximo mês. Não menosprezamos a possibilidade do BCB postergar o ciclo de alta de juros. Mantemos a expectativa de taxa Selic em 3,50% no final deste ano.

Portanto, estamos iniciando um período de ajustes no balanço das famílias, empresas e governos. Isso gerará uma retração da atividade nesse semestre e descolaremos do mundo (decoupling). Melhor pagar a conta agora do que usar juros de cheque especial e empurrar os problemas para o futuro.

Global: para frente e avante 

A atividade mundial deverá apresentar forte crescimento neste ano com o processo de vacinação e os enormes estímulos fiscais e monetários. O processo de imunização deverá reduzir o isolamento social ao longo dos próximos trimestres e beneficiar a procura por serviços, como turismo. Isso permitirá recuperação do emprego naqueles setores que ainda sofrem impacto relevante da pandemia. 

Nos EUA, a vacinação alcançou cerca de 9% da população no final de janeiro e os novos casos de Covid-19 arrefeceram nos últimos quinze dias. A imunização aumentará a confiança dos governadores e das pessoas para o retorno gradual do convívio social nos próximos trimestres, beneficiando o segmento da economia mais afetado no ano passado, o setor de serviços.

 O novo presidente, Joe Biden, está trabalhando para a aprovação de mais um enorme pacote de estímulo fiscal de USD 1,9 trilhão. Parte das medidas precisam de apoio de senadores republicanos, o que limita o montante final que será aprovado pelo Congresso. Assim, decidimos incluir no nosso cenário base um novo estímulo fiscal de USD 1,1 trilhão. 

Não podemos esquecer que o FED tem sinalizado disposição em manter a taxa de juros no intervalo entre 0,00% e 0,25% por muito tempo à frente, o que significa impulso ao crédito, consumo e investimento. 

Dessa forma, aumentamos nossa projeção de crescimento do PIB real americano para 6,3%, substancialmente acima do consenso.

Na Europa, a vacinação atingiu em torno de 3% da população no mês passado e os países estão fazendo esforços para acelerar essa trajetória. Além disso, os estímulos monetários do BCE também devem continuar por muitos trimestres à frente. Mantemos nossa visão construtiva para a região.

Na China, a atividade econômica segue muito forte. O PIB real do quarto trimestre de 2020 ficou 6,5% acima do nível do quarto trimestre de 2019, apesar da recessão mundial. O crescimento da demanda doméstica chinesa possibilitou que o seu volume de importações superasse o patamar anterior da crise e beneficiasse outros países exportadores. 

Portanto, a possibilidade de redução do isolamento social com o processo de vacinação e os imensos estímulos devem sustentar um forte desempenho da atividade mundial ao longo deste ano, beneficiando os países emergentes mais abertos ao comércio exterior. 

A opinião e as informações contidas neste artigo são responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, a visão da SpaceMoney.

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